Pastor americano é preso, acusado de “terrorismo,” na Turquia
Julio
Severo
Um pastor americano está preso na Turquia desde
outubro de 2016 acusado de ter ajudado grupos terroristas ou de ter espionado
contra a Turquia.
Andrew Craig Brunson |
Brunson, que nega ter cometido algum crime, foi preso
em 2016 por ligações alegadas com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, o
partido socialista curdistão que tem lutado pela independência da Turquia.
“Não vimos nenhuma prova credível de que o sr. Brunson
seja culpado de um crime e estamos convencidos de que ele é inocente,” disse
numa declaração Heather Nauert, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.
Brunson trabalhou como pastor da Igreja da
Ressurreição de Izmir, uma pequena congregação evangélica em Izmir, a cidade
bíblica de Esmirna, e tem vivido na Turquia por 23 anos.
O Presidente Donald Trump tem pedido que o presidente
turco Recep Tayyip Erdogan liberte Brunson, mas seu pedido não tem obtido
resposta.
A acusação da Turquia contra o pastor evangélico é
absurda. Ainda que os terroristas sejam comuns no islamismo, eles não são
comuns no Cristianismo, principalmente entre evangélicos.
Erdogan deveria ver essa diferença óbvia e imediatamente
libertar Brunson.
É uma afronta imensa a Turquia prender um pastor
evangélico da nação que lidera a OTAN, pois a presença da Turquia na OTAN foi
um privilégio exclusivamente — e imerecidamente — concedido pelos Estados
Unidos. A Turquia é radicalmente islâmica e seus valores são contrários, em
religião e história, aos valores cristãos da Europa e Estados Unidos. Não
existe nenhuma justificativa para a Turquia ser membro da OTAN e aliada dos
EUA.
Entretanto, não é só o ataque da Turquia a um pastor
inocente que prova que a Turquia não merece ser aliada de nações cristãs.
No mês passado, Erdogan disse que Israel é “um Estado
terrorista” e que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é “um terrorista” por
causa de esforços defensivos de Israel contra os terroristas palestinos. A
Turquia tem financiado e armado o Hamas contra Israel e, com a Arábia Saudita,
tem financiado e armado grupos terroristas islâmicos, inclusive o ISIS, contra
o governo sírio. Isso é terrorismo real. Como é que a Turquia islâmica pode
hipocritamente acusar Israel de terrorismo?
Um dos maiores genocídios
modernos de cristãos foi cometido pela Turquia. Cerca de 100 anos atrás na
Turquia, um número estimado de 1,5 milhão de cristãos armênios em 66 cidades e
2.500 vilas foram massacrados; 2.350 igrejas e monastérios foram saqueados e
1.500 escolas e colégios foram destruídos. Apesar disso, para aplacar a ira da
Turquia, Trump
tem evitado dizer que o Genocídio Armênio foi genocídio. Israel,
que todo ano acertadamente comemora o Holocausto, também tem evitado reconhecer
o Genocídio Armênio,
ainda que cristãos evangélicos estejam trabalhando muito para pressionar as
nações a reconhecer o Holocausto. Tanto os EUA quanto Israel não reconhecem o
Genocídio Armênio porque os muçulmanos turcos odeiam ouvir sobre seus crimes
contra os cristãos.
Por essas razões óbvias, a Turquia representa
preocupações para os cristãos, que olham também para fatos históricos com
relação à violência da Turquia contra cristãos e judeus.
Hagia Sophia, a maior e mais antiga catedral cristã do
mundo, foi conquistada pelos muçulmanos em 1453 em Constantinopla, o nome
cristão da atual cidade islâmica de Istambul, Turquia. Uma civilização cristã
foi destruída por invasores islâmicos que transformaram a terra cristã — a
terra das sete igrejas do Apocalipse — na Turquia.
Não só uma terra tradicionalmente cristã foi
conquistada, mas também a terra de Israel.
De 1517 a 1917, a Turquia — que era então o Império
Otomano — conquistou e possuiu a Terra Prometida. Isto é, durante quatro
séculos a terra de Israel esteve sob controle islâmico. Então quando a Bíblia
fala de Gogue e Magogue vindo do Norte e conquistando Israel, isso era a
Turquia, que está no Norte de Israel, e possuiu a terra de Israel por séculos.
Aliás, acadêmicos judeus e cristãos apontaram para a
Turquia como Gogue e Magogue, conforme o escritor evangélico Joel Richardson
mostrou:
Hipólito
de Roma (170–235), um teólogo cristão primitivo, em suas
crônicas, conectou Magogue com os gálatas na Ásia Menor, ou Turquia moderna.
Moisés
Ben Maimonides (também conhecido como Rambam) (1135–1204), o
reverenciado mito judeu, em Hichot Terumot, identificava Magogue como estando
na fronteira da Síria e moderna Turquia.
Nicolau
de Lira (1270–1349), um estudioso hebreu e renomado exegeta
bíblico, cria que Gogue era outro título do Anticristo. Lira também afirmou que
a religião dos “turcos,” um termo usado para se referir aos muçulmanos em
geral, era a religião do Anticristo.
Martinho
Lutero (1483–1546) compreendia que Gogue era uma referência
aos turcos, os quais Deus havia enviado como flagelo para castigar os cristãos.
Sir Walter
Raleigh (1554–1618), em sua História do Mundo, também colocava Magogue na
Ásia Menor, ou Turquia moderna.
John
Wesley (1703–1755), em suas Notas Explicativas sobre
Ezequiel 38 e 39, identificava as hordas de Gogue e Magogue com “as forças do
Anticristo” que viriam da região da moderna Turquia.
Jonathan
Edwards (1703–1758), um dos mais renomados teólogos da
história americana, também via a Turquia moderna como a nação que traria a
invasão de Gogue e Magogue.
Por que os Estados Unidos alistaram Gogue e Magogue —
que trata um pastor evangélico e Israel como “terroristas” e que matou 1,5
milhão de cristãos armênios — como membro da OTAN e seu aliado? Para vir do
Norte e conquistar Israel de novo? Para vir do Norte e conquistar cristãos e
tratá-los como “terroristas” de novo? Para matar cristãos, como no Genocídio
Armênio e na Síria por meio de grupos terroristas islâmicos?
A
Turquia tem um perfil profético que não só se encaixa em Gogue e Magogue, mas
também como uma grande ameaça aos cristãos e Israel nos últimos dias.
Fonte: www.juliosevero.com
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